Brasil

Decisão do Supremo sobre royalties preserva equilíbrio

Alckmin representa um dos estados produtores que entraram com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF, juntamente com o Rio de Janeiro e o Espírito Santo

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 12h56.

Brasília – A decisão em caráter liminar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de suspender parcialmente a Lei dos Royalties repercutiu entre governadores e senadores. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou que a iniciativa da ministra foi importante porque “preserva o equilíbrio federativo e a rigidez financeira”.

Alckmin representa um dos estados produtores que entraram com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF, juntamente com o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Os vetos presidenciais à lei aprovada pelo Congresso foram derrubados pelos deputados e senadores de estados não produtores de petróleo. Com isso, os três estados alegaram que teriam prejuízos financeiros. Com a decisão da ministra, volta a valer a lei anterior, com distribuição mais favorável para municípios e estados produtores.

Representante de um dos estados não produtores, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, considerou prudente a decisão da ministra. Ele lembrou que o plenário do Supremo terá que analisar, ainda, o mérito da ação. “Não temos dúvida de que, por se tratar de uma lei inconstitucional, o pleno do STF atenderá ao nosso pleito [dos estados não produtores]”.

O relator da Lei Orçamentária para 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acredita que os ministros da Suprema Corte irão “modular” a lei. Segundo ele, qualquer mudança drástica, agora, representaria problemas financeiros, uma vez que a Orçamento da União já está em execução.

A liminar atendeu inteiramente ao pedido do Rio de Janeiro, o mais amplo de todos os apresentados ao STF. O estado do Rio alega que a lei afronta regras constitucionais, como o direito adquirido, por alterar os contratos em vigor; a segurança jurídica e o ato jurídico perfeito, por interferir em receitas comprometidas e contratos assinados; além da responsabilidade fiscal, uma vez que os orçamentos ficarão comprometidos.

Os governadores participam de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado para discutir a unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilGovernadoresGeraldo AlckminRoyalties

Mais de Brasil

Paraná tem maior redução de homicídios dolosos desde 2007

PEC da Segurança deve ser votada em dezembro por comissão, diz Motta

Provas anteriores do Enem: onde baixar e como usá-las para uma revisão eficaz

Governo poderá mirar no piso da meta fiscal após ajuda do Congresso