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Aprovação de Lula sobe, mas reprovação segue em 38%, diz Datafolha

A alta de 24% para 29% no índice de aprovação não é suficiente para alterar as perspectivas futuras para o governo, que continuam sombrias para o petista

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva: alta na aprovação foi mais forte entre as pessoas com escolaridade superior (AFP)

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva: alta na aprovação foi mais forte entre as pessoas com escolaridade superior (AFP)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 5 de abril de 2025 às 08h52.

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A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 4, revelou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 24% em fevereiro para 29%.

Apesar da leve recuperação, o índice de desaprovação segue elevado: 38% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo, o que ainda supera a avaliação positiva do presidente.

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A pesquisa, realizada entre os dias 1º e 3 de abril, ouviu 3.054 pessoas em 172 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

  • Ótimo/Bom: 29% (24% em fevereiro)
  • Ruim/Péssimo: 38% (41% em fevereiro)
  • Regular: 32% (32% em fevereiro)
  • Não sabem: 1% (2% em fevereiro)

No cenário atual, a divisão entre os que consideram a gestão regular permanece em 32%, e 1% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.

A leve alta no índice de aprovação, no entanto, não é suficiente para alterar as perspectivas futuras para o governo, que continuam sombrias para o petista.

Ao ser questionado sobre o desempenho futuro do governo, 35% dos entrevistados afirmam que esperam um governo ruim ou péssimo, enquanto 35% mantêm uma expectativa positiva. Para outros 28%, a expectativa é de que a gestão permaneça regular.

Efeito Nordeste

A pesquisa também mostra que, apesar da leve recuperação geral, a avaliação positiva do governo Lula não se refletiu uniformemente entre as diferentes faixas de renda e regiões do Brasil.

Entre os mais pobres, que historicamente têm dado apoio à administração petista, a avaliação positiva subiu de 29% para 30%. No entanto, esse número ainda está distante dos 44% registrados em dezembro.

No Nordeste, a avaliação positiva subiu para 38%, após atingir o ponto mais baixo de 33% em fevereiro, mas ainda assim não chegou aos 49% registrados em dezembro de 2024.

A alta na aprovação foi mais forte entre as pessoas com escolaridade superior, com um aumento de 18% para 31%, e entre as faixas de renda mais altas, com destaque para a recuperação entre os que ganham de 5 a 10 salários, que viram sua avaliação positiva saltar de 18% para 31%.

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