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CPI do INSS: suspeito de liderar fraudes em descontos será ouvido nesta segunda-feira, 15

Empresário foi preso na última sexta-feira em operação da Polícia Federal

Agência o Globo
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Publicado em 15 de setembro de 2025 às 06h56.

O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como o "Careca do INSS", deve ser ouvido a partir das 16h desta segunda-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito do INSS, do Congresso. Ele foi preso na última sexta-feira em um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes na cobrança irregular de aposentados e pensionistas.

A ida do empresário à CPI foi divulgada pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Segundo o parlamentar, a defesa de Antunes confirmou que ele tinha interesse em comparecer ao colegiado. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que determinou a prisão dele, decidiu que a presença de Antunes era opcional e não obrigatória.

Entre os pontos que devem ser explorados pelos parlamentares, estão a suspeita de "influência política" do empresário que frequentava gabinetes no Congresso e na Esplanada dos Ministérios.

Relatório da Polícia Federal

Em relatório da PF, investigadores apontaram que Antunes tem "influência política", o que lhe permitiria agir para tentar embaraçar as investigações. "Antônio Camilo possui uma grande capacidade intimidatória, tendo em vista sua rede de contatos, sua influência política, sua capacidade financeira, seu modo destemido de agir, acreditando piamente na impunidade, sua proximidade com os demais investigados e testemunhas".

Além desses indícios, a PF cita o depoimento de uma testemunha ouvida em São Paulo que declarou ter recebido "ameaças de morte" da parte de Antunes. "O referido depoente também teria declarado ter percebido 'que Antônio Camilo, logo após a Operação da Polícia Federal, começou a dilapidar seu patrimônio para se capitalizar, e que ele falou que precisava levantar dinheiro, fechar as torneiras, dispensar os empregados e que iria para os Estados Unidos'", diz o relatório entregue a Mendonça.

Procurada, a defesa do empresário disse que iria se pronunciar nos autos.

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