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Comissão convidará Gurgel para esclarecer compra de tablets

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deverá esclarecer supostas irregularidades em pregão eletrônico para aquisição de 1.226 tablets


	Roberto Gurgel: no requerimento, o senador Fernando Collor (PTB-AL) argumenta que o processo de licitação apresenta "indícios claros de direcionamento para que a empresa vitoriosa fosse a Apple".
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Roberto Gurgel: no requerimento, o senador Fernando Collor (PTB-AL) argumenta que o processo de licitação apresenta "indícios claros de direcionamento para que a empresa vitoriosa fosse a Apple". (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 14h58.

Brasília – A Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado aprovou hoje (26) convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que esclareça supostas irregularidades em pregão eletrônico para aquisição de 1.226 tablets. No requerimento, o senador Fernando Collor (PTB-AL) argumenta que o processo de licitação, feito no dia 31 de dezembro de 2012, apresenta "indícios claros de direcionamento para que a empresa vitoriosa fosse a Apple".

Segundo Collor, o edital do Ministério Público da União (MPU) cita a empresa diretamente uma vez e três vezes indiretamente. O senador lembrou que a Lei de Licitações determina que marcas não podem ser citadas em editais de compras públicas. Como se trata de um convite, Gurgel só comparecerá à audiência pública caso queira.

Momentos difíceis têm marcado as relações entre o senador e o procurador. Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, em 2012, Collor apresentou uma série de requerimentos para que Gurgel comparecesse à comissão. O senador chegou a entrar com pedido de impeachment contra o procurador-geral.

Em 22 de fevereiro, Fernando Collor conseguiu aprovar em plenário requerimento para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue a compra dos tablets pelo MPU. Ao tomar conhecimento da aprovação do pedido, Gurgel qualificou de "risível" a decisão do Senado. Collor subiu à tribuna e sugeriu a Gurgel que "calasse a boca".

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