Brasil

Cármen Lúcia será relatora de ações sobre royalties no STF

Rio de Janeiro e Espírito Santo protocolaram nesta sexta ações questionando a constitucionalidade das novas regras de distribuição dos royalties

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 12h24.

Brasília - Os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo protocolaram nesta sexta-feira ações no Supremo Tribunal Federal questionando a constitucionalidade das novas regras de distribuição dos royalties do petróleo, e os processos terão como relatora a ministra Cármen Lúcia, informou o STF.

Os governos desses Estados aguardavam apenas a promulgação da nova lei, o que ocorreu na quinta-feira, para apresentar ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) à Suprema Corte.

A lei, criada após a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff pelo Congresso, reduz de forma significativa a parcela dos recursos recebidos pelos chamados Estados produtores da commodity --Rio, Espírito Santo e São Paulo--, elevando a arrecadação de Estados não-produtores, incluindo das áreas já licitadas.

A ministra Cármen Lúcia foi sorteada de maneira eletrônica para relatar a primeira Adin, protocolada pelo governo do Espírito Santo.

Também ficará responsável pelo questionamento apresentado pelo Rio de Janeiro, por se tratar de uma ação semelhante, que aborda o mesmo tema da anterior.

O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, estimou em 3,1 bilhões de reais as perdas anuais de receitas com a nova lei.

HISTÓRICO A polêmica sobre a divisão dos royalties do petróleo começou quando o governo decidiu criar um novo marco regulatório para a exploração do óleo no país, determinando que os campos do pré-sal seriam licitados pelo regime de partilha e não mais por concessão.

Os parlamentares dos Estados não-produtores viram na mudança uma oportunidade de fazer uma nova divisão dos royalties entre Estados e municípios, sem qualquer privilégio para os Estados produtores (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo), mexendo inclusive nos contratos já em vigor. Aprovada pelo Congresso, essa nova divisão foi vetada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.

No governo Dilma, os parlamentares dos Estados não-produtores voltaram à carga e aprovaram mais uma vez uma nova divisão dos royalties no ano passado, o que foi vetado pela presidente. Esse foi o veto derrubado no início de março.

Dilma desejava que as novas regras valessem somente para futuras licitações, uma forma de respeitar contratos, como argumentam os governos dos Estados produtores. A presidente também defende que os recursos dos royalties sejam destinados à Educação.

Acompanhe tudo sobre:PetróleoEnergiaSupremo Tribunal Federal (STF)Royalties

Mais de Brasil

Livro resgata a história de Jane Catulle Mendès, criadora da expressão ‘cidade maravilhosa’

Partidos de esquerda do Rio voltam a indicar divisão para chapa de senador em 2026

Anistia será votada? Bolsonaro terá pena reduzida? Entenda os próximos passos do projeto na Câmara

Governo nunca teve intenção de acabar com CPTM, mas futuro será desenhado, diz presidente da estatal