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'Candidato padre', prisão na CPI e enquadro em Virgínia: quem é Soraya Thronicke

Em 2022, senadora disputou a presidência da República e recebeu 0,51% dos votos válidos nas eleições

Soraya Thronicke: Senadora do Mato Grosso do Sul e ex-candidata à presidênci (Geraldo Magela/Agência Senado)

Soraya Thronicke: Senadora do Mato Grosso do Sul e ex-candidata à presidênci (Geraldo Magela/Agência Senado)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 13 de maio de 2025 às 14h19.

Última atualização em 13 de maio de 2025 às 14h20.

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Soraya Thronicke (União Brasil) é um nome que “pipoca” na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que ouve a influenciadora Virgínia nesta terça-feira, 13.

A comissão investiga o impacto das plataformas de apostas no orçamento das famílias brasileiras e as possíveis conexões dessas empresas com crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Relatora da CPI, Thronicke chamou Virgínia como testemunha e para a esclarecer a participação em ações publicitárias para jogos de azar online, como o “jogo do tigrinho”. Questionou a influenciadora sobe a atuação dela no jogo: "se fosse realmente bom, o seu marido e a sua mãe não estariam jogando? Ou não teriam uma conta própria?”, provocou.

Com mais de 53 milhões de seguidores no Instagram e contratos milionários com plataformas de apostas online, Virgínia é uma das figuras mais influentes no mercado digital brasileiro. Sua atuação chamou a atenção dos parlamentares, que buscam entender como essas campanhas publicitárias têm atraído novos apostadores.

Mas afinal, quem é Soraya Thronicke?

Figura já reconhecida na política brasileiras, Thronicke se tornou senadora em 2018, mas ficou mais conhecida após ser candidata à presidência da República em 2022 e protagonizar vários dos “memes” durante os debates das eleições, incluindo as ofensas que fez ao "candidato padre" — quando se esqueceu do nome do Padre Kelmon, então candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Nascida em Dourados, no Mato Grosso do Sul, é filha de imigrantes alemães. Sua trajetória política no Brasil é marcada por uma forte atuação nas pautas conservadoras, combinada com uma visão liberal sobre a economia. Sempre se posicionou de maneira clara sobre questões como a defesa da família e a oposição ao aborto.

Antes de se destacar no cenário político, a senadora teve uma carreira consolidada na advocacia, com especializações em Direito Tributário e Direito de Família. Foi eleita para o Senado em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), onde iniciou a jornada para defender temas como a propriedade privada e a ampliação do direito ao porte de armas.

Ao assumir sua cadeira no Senado, foi eleita presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Um dos momentos de maior visibilidade foi sua participação em uma audiência pública com a ex-candidata à vice-presidência, Sônia Guajajara, onde o debate sobre saúde indígena e a demarcação de terras gerou polêmicas. Thronicke tem se apresentado como uma política com "viés feminino, mas não feminista", defendendo a igualdade de direitos, mas com uma postura mais conservadora.

Juntamente com outras parlamentares do PSL Mulher, posicionou-se contra as candidaturas-laranja e o uso fraudulento das cotas, com o objetivo de garantir que mais mulheres ocupem cargos de liderança no país.

Em 2022, Thronicke concorreu à presidência da República, mas ficou somente com 0,51% dos votos.

Assista ao vivo o depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets

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