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Calheiros minimiza críticas de Barbosa ao Congresso

Na segunda-feira o presidente do STF citou, em relação ao Congresso Nacional, a "ineficiência" e que é "inteiramente dominado"


	"Eu acho que, com certeza, ele não falou ali como chefe de poder", disse Calheiros
 (Lia de Paula/Agência Senado)

"Eu acho que, com certeza, ele não falou ali como chefe de poder", disse Calheiros (Lia de Paula/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 15h32.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), minimizou nesta terça-feira, 21, o impacto de novas declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Na segunda-feira o presidente do STF citou, em relação ao Congresso Nacional, a "ineficiência" e que é "inteiramente dominado". Para Calheiros, não é possível distinguir se o ministro falou como chefe de poder ou como professor. "Eu acho que, com certeza, ele não falou ali como chefe de poder", disse Calheiros.

O senador tomou uma postura mais amena comparada à reação do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que disse considerar a manifestação de Barbosa "desrespeitosa" e que isso "não contribui para a harmonia" entre os poderes. Renan acrescentou que "a declaração não colabora para o fortalecimento das instituições".

Dessa forma, o presidente do Senado tenta evitar um novo capítulo na crise entre os poderes que, só este ano, já teve dois episódios: a aprovação, pela Câmara, do projeto que cria Tribunais Regionais Federais (TRFs) - Barbosa se manifestou abertamente contrário à proposta - e a interrupção, por uma liminar do Supremo, do projeto que proíbe a criação de novos partidos enquanto ainda estava em votação do Senado.

Após afirmar que parte dos problemas do Congresso ocorrem porque eles são "de mentirinha", e que a população brasileira raramente se identifica com seus representantes, a assessoria de imprensa do STF divulgou nota para dizer que o presidente do poder se manifestou na "condição de acadêmico e professor", sem a intenção "de criticar ou emitir juízo de valor" sobre o Legislativo.

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