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Cabral nega que já tenha autorizado captação do Paraíba

Governador negou que já tenha autorizado São Paulo a captar água da bacia do rio Paraíba do Sul para abastecer a população paulista


	Sérgio Cabral: governador recebeu um telefonema de Alckmin para conversar sobre a situação
 (GettyImages)

Sérgio Cabral: governador recebeu um telefonema de Alckmin para conversar sobre a situação (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 21h52.

Rio - O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), negou hoje que já tenha autorizado o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a captar água da bacia do rio Paraíba do Sul para abastecer a população paulista.

Segundo sua assessoria, Cabral recebeu um telefonema de Alckmin para conversar sobre a situação. Ao ouvir a proposta da captação de água, Cabral solicitou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e ao secretário estadual do Ambiente, Índio da Costa, que se pronunciem a respeito, uma vez que se trata de demanda que exige análise técnica.

Em nota, a Secretaria Estadual do Ambiente demonstrou preocupação com a proposta feita por Alckmin.

"Os estudos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, ainda em elaboração, apontam que a disponibilidade hídrica atual já apresenta problemas no período de estiagem. Em Santa Cecília (ponto de captação da água para o Rio Guandu e região metropolitana do Rio), a regra em vigor determina uma vazão mínima de 250 m3 por segundo, o que pela falta de água já não é atendida em 8% do tempo (período de estiagem)", diz a nota.

"Mesmo que São Paulo construa reservatórios para aumentar a disponibilidade hídrica nas cabeceiras do rio Paraíba do Sul, a proposta de captação de água pode agravar esta situação. É fundamental um aprofundamento técnico sobre o verdadeiro impacto no território fluminense", continua a nota.

"A segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro é fortemente dependente da bacia do rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de mais de 11 milhões de habitantes e pela sustentação de parcela expressiva da atividade econômica do Estado", diz ainda o texto emitido pela secretaria.

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