Repórter
Publicado em 17 de setembro de 2025 às 09h43.
Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 09h49.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado nesta quarta-feira, 17, após dar entrada no hospital na terça-feira, 16, com quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-sincope.
Segundo boletim médico divulgado nesta manhã pelo Hospital DF Star, Bolsonaro está com anemia e apresentou uma alteração da função renal, com elevação da creatinina. O hospital ainda afirma que o ex-presidente chegou à emergência "desidratado, com elevação da frequência cardíaca e queda da pressão arterial".
Bolsonaro realizou exames laboratoriais e de imagem para investigação diagnóstica, além de uma ressonância magnética do crânio para elucidação de quadro de tontura recorrente, que não mostrou alterações agudas. Ainda segundo o hospital, houve melhora parcial após hidratação e o tratamento medicamentoso.
A necessidade da permanência de Bolsonaro no hospital será avaliada no decorrer do dia, segundo boletim.
Na última visita ao hospital, no domingo, Bolsonaro havia sido diagnosticado com anemia, e a tomografia revelou sinais de pneumonia residual.
No entanto, o estado de saúde do ex-presidente piorou, levando à nova internação na terça-feira. A ida ao hospital gerou um grande esquema de segurança, com escolta policial e varreduras no hospital para proteger tanto Bolsonaro quanto os apoiadores que aguardavam a sua chegada.
A crise de saúde que Bolsonaro enfrentou é uma das sequelas do atentado à faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. Um dos sintomas recorrentes do ex-presidente são episódios de soluços intensos, que em certos momentos o impedem de falar e o fazem vomitar.
Bolsonaro se encontra em prisão domiciliar desde sua condenação por tentativa de golpe e outros crimes, incluindo um total de 27 anos de sentença. Sua ida ao hospital na terça não exigiu autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes, como definiu uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), desde que a condição médica fosse comprovada. A defesa do ex-presidente encaminhou ao STF um atestado médico, anexado ao processo judicial, e notificou a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O deputado federal Evair de Mello (PL-ES), que esteve no hospital para uma visita, afirmou que a sentença do STF teve um "impacto emocional" significativo sobre Bolsonaro. O parlamentar observou que, mesmo antes da prisão domiciliar, Bolsonaro já apresentava sinais de debilidade, com dificuldades para falar e episódios frequentes de soluços.