Brasil

Bolsonaro reclama de multa do Ibama após conclusão do caso da baleia na PF

Ex-presidente foi multado em R$ 2,5 mil no início de abril pela infração de "molestar de forma intencional espécime de cetáceo em águas jurisdicionais brasileiras"

Bolsonaro: Ibama multa ex-presidente por importunar baleia jubarte (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)

Bolsonaro: Ibama multa ex-presidente por importunar baleia jubarte (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2024 às 13h26.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou nesta segunda-feira 8, da multa que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou a ele pelo caso de importunação a uma baleia jubarte em junho 2023. O ex-presidente classificou a punição como uma "perseguição sem fim".

A multa de R$ 2.500, registrada no início do mês, descreve a infração de "molestar de forma intencional espécime de cetáceo em águas jurisdicionais brasileiras". A situação ocorreu em um passeio de jet ski em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, em que Bolsonaro se aproximou do animal com o motor ligado.

Em março, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito, que começou em novembro do ano passado, e não indiciou o ex-presidente. Cabe agora ao Ministério Público Federal (MPF) decidir se vê ou não elementos para oferecer denúncia. O órgão também pode pedir diligências complementares.

O Ibama, que também investigou o caso, pode aplicar as multas necessárias em casos de danos ambientais, independentemente do resultado do inquérito da PF. A apuração ocorreu a partir da análise preliminar do Ministério Público Federal, que passou a acompanhar o inquérito a pedido do órgão ambiental.

Na publicação na rede social, Bolsonaro criticou a atuação do Ibama mesmo após a PF concluir que ele não teve a intenção de importunar a baleia. "A PF concluiu que eu não molestei a baleia mas o Ibama me dá 20 dias para se defender", escreveu o ex-presidente.

Em depoimento à PF, Bolsonaro afirmou que cruzou com a baleia no passeio e registrou o momento em vídeo, mas alegou que tomou os cuidados necessários para não atrapalhar a movimentação do animal. A lei brasileira prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa, para a pesca ou "qualquer forma de molestamento intencional" de toda espécie de cetáceo no País. Já a portaria do Ibama que regulamenta essa legislação proíbe a aproximação com o motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia.

No ano passado, o ex-presidente afirmou que "todo dia tem uma maldade" contra ele. "A de ontem foi que estou perseguindo baleias." Ao se referir ao então ministro da Justiça e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino disse ainda que "a única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no Ministério".

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroIbama

Mais de Brasil

Defesa Civil alerta para ventos fortes na faixa leste de São Paulo

AGU vai definir estratégia para contestação de derrubada do IOF

'Absurdo atrás de absurdo': irmã de Juliana Marins sobre divulgação de autópsia antes de laudo final

Relembre a história de Juliana Marins, brasileira que morreu após queda no Monte Rinjani