Lula: presidente tem melhor índice de aprovação desde fevereiro de 2024 (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 17 de setembro de 2025 às 11h08.
Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 11h24.
O trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 50,8% dos brasileiros e reprovado por 48,3%, segundo a pesquisa Latam Pulse, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta quarta-feira, 17. Cerca de 0,9% dos entrevistados não soube ou não respondeu.
Em comparação com o levantamento de agosto, a desaprovação do presidente caiu 2,7 pontos percentuais e a aprovação subiu 2,9 pontos percentuais.
Segundo análise do instituto, como as variações superaram a margem de erro da pesquisa, é possível "atestar uma tendência de melhora dos níveis de satisfação" da população com o governo petista.
A aprovação de Lula atingiu o maior patamar desde janeiro de 2024, quando registrou 51,2% na primeira pesquisa do instituto. Essa é apenas a segunda vez desde novembro de 2024 que a aprovação superou a desaprovação.
Na avaliação geral do governo, as avaliações negativas (soma de ruim e péssimo) do desempenho do governo Lula caíram 3,2 pontos percentuais em relação ao capturado no fim de agosto, abrangendo agora 48% dos entrevistados.
O movimento veio acompanhado de um aumento de 2,5 pontos no número daqueles que classificam a gestão petista como ótima ou boa (46,2%), somada a uma oscilação positiva, no limite da margem de erro, das avaliações regulares (5,8%)
Embora represente uma melhora substantiva na comparação com agosto, o saldo entre avaliações positivas e negativas permanece no vermelho (-1,8pp), sendo levemente inferior ao resultado de julho (-1,6pp).
Segundo a pesquisa, as principais preocupações dos brasileiros continuam sendo a corrupção e a criminalidade, que permanecem no topo da lista dos maiores problemas enfrentados pela população.
Em setembro, a preocupação com os temas cresceu dois pontos percentuais, sendo mencionadas, respectivamente, por 56% e 49% dos entrevistados.
Nos últimos três meses ocorreu uma queda nas menções à corrupção. Com isso, o número continua distante do pico de 60% registrado em maio, quando o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi revelado pela operação da Polícia Federal.
As preocupações com a situação econômica do país apresentaram resultados divergentes: enquanto o tema da inflação (20%) perdeu relevância no ranking, as menções à "pobreza e desemprego" subiram 3 pontos percentuais, chegando a 13%.
As maiores variações ocorreram em questões institucionais: "enfraquecimento da democracia" caiu 4 pontos percentuais, e "mau funcionamento da justiça" teve uma queda de 3 pontos percentuais, ambos assuntos que vinham ganhando destaque nos meses anteriores.