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Alckmin elogia medidas, mas critica câmbio e juros

Governador avaliou como positivas as iniciativas que estimulam as exportações e concedem desoneração da folha de pagamento a alguns setores da economia brasileira

Alckmin defendeu ainda a redução dos gastos públicos como caminho para diminuir a carga tributária (Milton Michida/Gov de SP)

Alckmin defendeu ainda a redução dos gastos públicos como caminho para diminuir a carga tributária (Milton Michida/Gov de SP)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 19h43.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, elogiou hoje o conjunto de medidas anunciado pela presidente Dilma Rousseff para fortalecer a indústria brasileira, o chamado Plano Brasil Maior. Ele avaliou como positivas as iniciativas que estimulam as exportações e concedem desoneração da folha de pagamento a alguns setores da economia brasileira. O elogio do governador, contudo, foi seguido de críticas ao real valorizado ante a moeda americana, à alta taxa de juros e à elevada carga tributária que seriam fatores que levam a indústria nacional a perder competitividade em relação ao mercado internacional.

"A questão dos juros não pode ser o único instrumento para segurar a inflação. Há também outro instrumento que é o lado fiscal", avaliou o governador, que participou na tarde de hoje do evento "Encontros Exame", na capital paulista. "O que preocupa também é a moeda sobrevalorizada durante muito tempo, que pode trazer um impacto na indústria significativo." O governador considerou ainda que a atual carga tributária é alta para o padrão de desenvolvimento nacional e salientou que o governo federal tem agido para evitar a forte apreciação do real ante o dólar. "Mas, o fato, é que as medidas não são ainda totalmente positivas."

O governador defendeu ainda a redução dos gastos públicos como caminho para diminuir a carga tributária e sugeriu que o governo brasileiro se debruce sobre a questão do dumping, em especial praticado pelo mercado asiático. Ele citou a África do Sul, a Índia e a Austrália como nações que aplicaram leis antidumping sobre produtos oriundos da China. "Austrália, África do Sul e Índia já fizeram lei antidumping contra a China. Todo mundo já fez. E o Brasil, nada. Como é que vamos competir?", criticou. "Então, é preciso verificar caso a caso, onde há práticas de dumping", emendou.

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