Brasil

Aécio recebe apoio de nanicos para campanha

Segundo o tucano, PTdoB, PTC e PTN deverão anunciar apoio à sua pré-candidatura


	Aécio: os 4 partidos contam com uma bancada de apenas seis deputados
 (Pedro França/Agência Senado)

Aécio: os 4 partidos contam com uma bancada de apenas seis deputados (Pedro França/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 14h11.

Brasília - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), recebeu nesta quarta-feira apoio formal do PMN.

Segundo o tucano, ao longo do dia outros partidos considerados "nanicos" como o PTdoB, PTC e PTN também deverão anunciar apoio à sua pré-candidatura.

Os quatro partidos contam com uma bancada de apenas seis deputados, sendo três do PMN e três do PTdoB. Ainda não há um cálculo definido sobre o tempo de TV que cada um desses partidos poderá adicionar à campanha presidencial do PSDB.

"Estamos num momento em que se iniciam as convenções. É natural que as definições de vários partidos comecem a acontecer. Estou feliz em estar recebendo o apoio de alguns outros partidos que se somam a nós", disse Aécio Neves, após encontro com integrantes do PMN na liderança do PSDB do Senado.

"Receberemos o apoio do PTdoB, PTC e PTN, partidos que também vêm engrossar as fileiras do PSDB".

Apesar do apoio dos "nanicos" à candidatura presidencial, o tucano não confirmou qual participação as legendas poderiam ter num eventual governo.

"Não conversamos isso sequer com o meu partido. O meu governo será de quadros independentes de partidos políticos. Acho que o bom exemplo é Minas Gerais, onde governei buscando as melhores figuras de todas as áreas", afirmou.

O tucano aproveitou a ocasião para criticar a distribuição de cargos pelo governo como forma de garantir um amplo apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A tendência é que a petista consiga compor uma aliança com até 10 partidos, o que poderá garantir o dobro do tempo de TV em comparação com o PSDB.

"Vejo um esforço enorme da presidente da República distribuindo espaços de poder a rodo como jamais se fez antes na história do Brasil em contrapartida de alguns segundos para a campanha eleitoral. Faz isso distribuindo diretoria de bancos, Ministérios, cargos públicos sem qualquer constrangimento", disparou o senador.

O tom de críticas ao atual governo também foi usado pelo pré-candidato ao comentar a suposta avaliação de integrantes da coordenação de campanha presidencial do PT de que Dilma ainda corre risco de desgaste.

"Concordo com o marqueteiro mor do governo, João Santana: a coisa está ficando realmente feia para o governo. Deveria ter percebido lá trás, quando aparelharam de forma irresponsável a máquina pública, desqualificando a gestão pública, permitindo que os mal feitos pudessem avançar por todas as áreas do governo, em especial nas nossas empresas públicas", disse.

Aezão

O tucano também comentou sobre o evento previsto para esta quinta-feira no Rio de Janeiro, onde deve ser formalizado o movimento "Aezão", no qual o atual governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), deve anunciar o apoio à candidatura presidencial do PSDB.

"Acho até que a presidente levará alguns segundos desses partidos, mas não levará a alma, o coração e a consciência daqueles, que mesmo nesses partidos da base aliada, sabem que o País precisa viver um processo rápido de mudanças", afirmou Aécio Neves.

As declarações dele também têm como pano de fundo o fato de que no ato de amanhã, no Rio de Janeiro, deverão marcar presença o presidente de honra do PP, senador Francisco Dornelles, e o presidente estadual do PSD, Índio da Costa, que integram partidos da base aliada do governo, no âmbito nacional.

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilPartidos políticosEleiçõesOposição políticaPSDBaecio-nevesEleições 2014

Mais de Brasil

Oficial de Justiça tenta notificar Eduardo Bolsonaro, mas é informado que ele está nos EUA

Relator apresenta parecer pela rejeição da PEC da Blindagem em comissão do Senado

Governo de SP vai usar detentos do semiaberto para limpeza de ruas após fortes chuvas e vendaval

Governo dos EUA afirma que dois milhões de imigrantes ilegais já deixaram o país