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Brasil deve renovar recorde de exportação de carne bovina em novembro

Segundo a Abiec, embarques da proteína cresceram 16% de janeiro a outubro de 2025

Carne bovina: China segue como o principal destino da proteína brasileira (Freepik)

Carne bovina: China segue como o principal destino da proteína brasileira (Freepik)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 10h41.

Última atualização em 7 de novembro de 2025 às 11h02.

O Brasil deve renovar, em novembro deste ano, o recorde histórico de exportações de carne bovina, segundo projeções da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), principal entidade do setor. Em 2024, os embarques da proteína somaram 2,89 milhões de toneladas.

De janeiro a outubro de 2025, o país exportou 2,79 milhões de toneladas, um aumento de 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor acumulado chegou a US$ 14,31 bilhões, alta de 36% na comparação com os dez primeiros meses de 2024.

“Caso o ritmo atual seja mantido, o Brasil deve ultrapassar a marca histórica ainda em novembro, consolidando 2025 como o melhor ano da série desde o início dos registros, em 1997”, afirma a Abiec.

Em outubro, as exportações brasileiras de carne bovina somaram 357 mil toneladas, com receita de US$ 1,9 bilhão — um crescimento de 39,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Principais destinos da carne

A China segue como o principal destino da carne bovina brasileira. De janeiro a outubro, o país asiático comprou 1,34 milhão de toneladas, o equivalente a US$ 7,10 bilhões, o que representa 48,1% do total exportado pelo Brasil.

Na sequência aparecem os Estados Unidos. Mesmo com a sobretaxa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, os EUA importaram 232 mil toneladas, somando US$ 1,38 bilhão — um aumento de 45% em volume e 38% em valor em relação ao mesmo período de 2024 (160 mil toneladas e US$ 1,0 bilhão).

O desempenho também já supera o total exportado para o país em todo o ano passado (229 mil toneladas e US$ 1,35 bilhão).

Os mercados que mais ampliaram suas compras em 2025 foram México (+213%), União Europeia (+109%), China (+75,5%), Rússia (+50,4%) e Estados Unidos (+45%).

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